O setor privado brasileiro tem assumido um papel fundamental como interlocutor nas negociações com os Estados Unidos, especialmente em relação às tarifas impostas ao Brasil. A mudança na dinâmica das relações comerciais entre os dois países tem colocado as empresas brasileiras que operam em território americano na linha de frente das discussões.
Segundo Kristina Rosales, ex-porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, disse, durante o WW, que essa nova via de comunicação tem se mostrado mais efetiva do que os canais diplomáticos tradicionais. As empresas brasileiras têm conseguido estabelecer diálogos diretos com pessoas próximas à administração americana, criando uma ponte de comunicação alternativa.
A situação tem gerado preocupação tanto entre empresários brasileiros quanto americanos, principalmente devido ao impacto econômico das medidas tarifárias. A lista de exceções estabelecida pelos Estados Unidos foi uma decisão unilateral, visando prioritariamente a proteção dos interesses americanos, sem prévia negociação com o Brasil.
O setor privado americano que opera no Brasil também tem participado ativamente dessas negociações, buscando minimizar os impactos negativos das medidas tarifárias. Esta representação comercial informal tem se tornado uma espécie de via diplomática alternativa entre os dois países.
Rosales ainda alertou sobre possíveis desdobramentos futuros, incluindo o risco de novas sanções relacionadas às relações comerciais do Brasil com outros países. A compra de petróleo e fertilizantes russos pelo Brasil, por exemplo, poderia resultar em repercussões semelhantes às enfrentadas atualmente pela Índia.
source https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/kristina-rosales-setor-privado-virou-interlocutor-na-negociacao-com-os-eua/
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